Julgamentos!

Não espero mais que as pessoas me compreendam,

Creio mesmo que isso é quase impossível. 

Quero somente , que respeitem quem sou.

Se me julgam, não me importa,

Só não aceito rótulos,

Nem nomenclaturas que não me cabem.

Quero ser livre para pensar e agir.

Mas quero respeito pelo meu sentir.

Não quero que me condenem,

Por eu ser quem sou.

Não sabem das minhas dores,

Nem das minhas alegrias.

Jamais lutaram minhas guerras,

Nem viveram minhas dores,

Que dirás saber dos meus anseios! 

Não quero ser usada,

Não quero viver em mentiras,

Não quero usar de subterfúgios.

Nem ser vítima deles.

Amo a clareza,

Amo a decência,

Amo o caráter,

Amo a sinceridade.

Sou livre no meu viver, 

Escolher o caminho que traçarei,

Só a mim cabe.

Sou assim, não mudo,

Creio piamente na liberdade.

Só ela pode mostrar a verdade,

Oferecendo-a, enxergamos como as coisas realmente são.

Não gosto de quem usa máscaras,

Nem de quem se esgueira pelos cantos,

A comer pelas beiradas,

A fingir ser quem não é.

Se me exponho,

É porque nada tenho a esconder,

Se me escancaro,

É porque quero que saibam quem sou.

Pouco me importa o que pensam de mim,

Importa sim, o que Eu penso.

Importa a minha consciência.

Se ela está tranquila, eu estou leve.

Sou livre!

Me permito ser.

Não crio amarras onde não há porto.

Não uso de coisa alguma para prender pessoas.

A liberdade que me dou, é a mesma que ofereço.

Se me tranco, é porque quero,

Se me solto, é porque assim escolho.

Não me faço dependente de ninguém,

Aprendi a me bastar.

Claro que adoro pessoas,

Me encanta o ser humano e suas diferenças,

Sejam ela boas ou más...

Sempre me acrescentam sabedoria.

Se caminho de braços abertos,

É porque sei, o que é encontrar braços cruzados.

Se mantenho minha mente aberta, 

É porque conheço as dores das mentes trancadas.

Sou o que cada um merece de mim,

Nem mais, nem menos.

Por isso não aceito julgamentos e condenações.

Cada um colhe de mim,

Exatamente o que planta.

Há muito aprendi que minhas dores, tem pouca importância,

Por isso aprendi a cura-las só.

Mas com isso aprendi,

A acolher quem está a doer.

Portanto, não me rotulem.

Ninguém tem a mínima ideia, do que carrego em mim.

E se tivessem,.

Pouco se importariam...

Lucienne Miguel