sábado, 21 de janeiro de 2012

Completude!



Onde eu sinto aconchego?
Onde sinto que estou segura?
Onde  eu chego o mais perto, de me sentir amada?
Onde estou mais perto da plenitude ?

Com certeza, perto de quem amo.
Mesmo que este Amor, não tenha o tamanho do meu.

Se  há forma para Amar e ser Amada,  
 Ela mora no amparo, no aconchego, no entendimento e na aceitação,
 Enfim, ela mora na Completude
Naquilo que torna leve, o que um dia foi pesado.

A meu ver,
 Onde existe respeito pelo ser humano que o outro é, 
Onde se ama, apesar, e além das diferenças, 
E se aceita o outro, tal como ele é,  
Tem-se, a perfeita definição de Amor.

Quando falo em Amor Incondicional,
 Não falo em nada parecido com a aceitação total, 
Falo em Perdão Total.

 Perdoar não é, em absoluto, 
Esquecer o que, de alguma forma te feriu,
E sim : “ Não sofrer mais por...”

Tal qual uma cicatriz,
 Ele ficará marcado em você, mas não doerá mais,
 Mas estará sempre lá, se resolver rever o passado.

A meu ver, 

É estupidez, se nada te acrescentou.
Caso contrário,
 Use como lembrete,
 Pois o que gerou isso,
Pode ter uma parcela de culpa tua.
Mais um motivo para perdoar.

Este perdão só vem do entendimento que,
 O outro não é você,
É um ser único e diferente. 
Portanto, tem seu próprio modo de pensar, ser e agir.

Assim, chegamos a base de tudo...
Eu sou Eu ...Você é Você.
Se te amo e te respeito...
 Te aceito e ponto.

Porque, apesar das diferenças, nos completamos.

Independente de sermos pessoas diferentes, 
Em alguns pontos, devemos ter sentimentos iguais. 
Sem a amizade, respeito e cumplicidade, 
Jamais haverá qualquer tipo de relação.

Se te respeito,
 Sou cúmplice e companheira.
Isto se dá,
Porque há algo nesta relação, que é admirável.

A pessoa com quem eu venha a conviver, 
Seja de que modo for,
 Tem que me admirar, 

E tem que ser admirada por mim,
E muitas vezes, por ser meu extremo oposto.

Só conseguimos amar o que admiramos, 
Seja desde um simples vaso, até uma pessoa.
Amor e admiração são companheiros de jornada, 
Um sem o outro, inexistem.

Não há como conviver com preconceitos.
Não há como conviver com a falta de admiração.
Não há como conviver sem respeito, sem cumplicidade, 
Sem confiança, sem lealdade.

 Isso será um relacionamento fadado ao fracasso!

A escolha por algo assim, 
Será a angustia da eterna busca, 
Por algo que me compreenda e me complete.

Se tenho que ser quem não sou,
Ou me perder de mim mesma dentro desta história,
Estou no livro errado.

E se estou... 
Tenho que procurar onde me coloco.
Se não sou aceita como sou,
Nem admirada pelo que sou,
Não serei respeitada em meu modo de ser.
Dessa forma,
 Jamais terei Completude!


Sem Completude, não há divisão.

Se não há divisão, não haverá soma.

Se não se soma, não se completa.

Se não se completa, não há relação.

Se não há relação, há solidão.



                                                                Lucienne Miguel



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