terça-feira, 20 de março de 2012

Desnuda



Desnudei-me completamente,
Para nunca mais, tornar a faze-lo.

Desnuda, me fragilizei...
Perdi minhas rédeas...
Me tornei vulnerável.

Me desnudei, 
Fui inteira,
Sem máscaras,
Sem subterfúgios.

Nua... 
Completamente nua.
Desarmada!

Foi assim, que me perdi de mim
Foi assim, que fui até você.
Foi assim, que te perdi.
Se é que algum dia, eu o tive meu.


Hoje vejo que ser inteira, 
Devo, ser somente para mim.


Vivo num mundo de pessoas que não se desnudam,
Que optam pelas máscaras.
Que escolhem se esconder.


A mim cabe somente,  me recompor,
Parcialmente, talvez...
Ser inteira, nua, desnuda, verdadeira?
 Creio que nunca mais!


Lucienne Miguel
  





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