domingo, 4 de dezembro de 2011

ESCOLHI SER ASSIM....



Não sei viver pela metade.
Sou inteira em tudo que faço,
Transparente, translúcida até.


Falo com a alma,
Ajo com o coração,
Sou as vezes, totalmente sem razão.


Se amo, me entrego inteira, 
Sem barreiras ou restrição.
Me torno puro doar e acolher.


Ah! Mas não me canse, pois ai não dou mais nada de mim. 


Quando choro....
As vezes é choro manso, de dor de desamparo
As vezes... me acabo, 
Num louco e descontrolado choro de desespero .
Sou dor que se transforma em água.


É quando me tranco do mundo,
  Até tudo passar e não mais doer. 


Se me alegro,
Ah! Até meus olhos cintilam,
Literalmente levito, em meio a sorrisos e gargalhadas.
Eu brilho na alegria, sei que brilho, e adoro isso.


É quando canto e danço,
Festejando o milagre  da vida.


Se me entrego,
Me dispo.
Completamente nua...
Escancaradamente, nua!


Assim dou o inteiro de mim, independente do que terei de volta.


Não abro portas,
Eu as escancaro...
Porque quero, que o que esteja para chegar,
Tenha como passar livremente.


As mantenho assim, dando a liberdade de ir e vir,
De deixar ficar ou mandar embora,
Aquilo que por ela vier a entrar... 
 Sejam Dores ou Amores.


Sou passiva e passional,
Mutante, como as fases da Lua.
Mudo de acordo com o meu sentir,
Só faço o que meu coração manda.
Ele determina meu Norte.


Sou habitante do mundo da Coragem,
Aqui, sempre encaro o medo,
E que como todo covarde, 
 Ele sempre foge em disparada, quando enfrentado.


Aprendi a transformar dor em ensinamento,
Não sofrer pelo que passou,
Muito menos deixo o passado limitar meu presente.
Nem determinar meu futuro.



Abandonei. pelo caminho o que não acrescentou..
Hoje, carrego só o que desejo,
 E o pouco do que ainda me acompanha,
Não me faz prisioneira de nada.


Não tenho medo da dor,
Nem do descaso,
Muito menos do abandono,
Aprendi que o que tem que ficar,
É porque vale a pena ficar,
O que se vai, é porque tinha que ir.




Aprendi que tudo me deixará uma lição,
E que isso é crescimento,
Acumulo de sabedoria de vida.


Tento plantar flores, mas que elas tenham espinhos.
Quero beleza sim,
Mas quero armas também,
Sei que guerrear é eterno, portanto preciso delas.


Sei que dores e decepções sempre virão.
Não as temo.
Temo não viver o que minha alma pede,
E assim escolhei viver de exclamações, e não de interrogações. 


Optei pelo dividir, pois aprendi que assim é que se soma.
Como também aprendi a não abandonar sonhos...
Sei que se realizarão na hora certa,
E que esta hora, não sou eu quem determina.


Sei que sou doce, meiga e acolhedora.
E que isto me faz vulnerável...
Mas não quero minha essência excluída de mim..
Esta é a minha melhor parte.


Se estou certa, não sei,
Só sei que sou assim,
E que gosto de mim e da forma que sou. 


Se alguém tem restrições quanto a quem sou,
Isto não é problema meu...
Que de mim se aproximem, os que não tenham.



Assim sendo, tento caminhar mais leve,
Mais segura das minhas escolhas,
Tentando mudar quem fui,
Para continuar a ser quem sou.




Lucienne Miguel







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