terça-feira, 10 de abril de 2012

De joelhos...





Perante a vida me ajoelho, em muitas variantes.




É dessa forma que agradeço...
Que peço...
Que rogo...
Que questiono...





É desta forma, que recebo respostas.
É assim, que meu coração se aquieta.
É deste modo, que me sinto perto de compreender, a mim e aos outros.






Vivo, numa louca tentativa para aceitar a maldade,
Vê-la como parte integrante de muitos seres.
Só a compreendendo, poderei perdoá-la.






Mais uma vez, me ajoelho perante a vida,
Numa quietude só minha.
Na busca da paz que me habita.
Na cura de mais uma facada.






Na tentativa de entendimento que retorna.
Nos mil questionamentos, que me faço neste momento.
Na busca de me fazer inteira novamente.  
Num bom encontro de mim, comigo mesma.






Ajoelhada, clamante e só...
No silencio, encontrarei o que busco,
E mesmo, ainda que ferida e dolorida, levanto e caminho pela vida afora.
Tentando me limpar, da sujeira das falsidades que contaminam.






Tudo foi só mais um engano...
Mais um engodo...
Mais uma fraude...
Mentiras, não cabem no meu caminhar.
Há muito, escolhi ser limpa, translúcida e assim sigo.






Lucienne Miguel


















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