sábado, 26 de maio de 2012

*METADES





Quando não havia mais sonhos.
Mortos entre desencantos.

Quando não havia mais luz.
Quando tudo parecia, que seria sempre igual.

Que sempre, mesmo em momentos felizes,
Um vazio, nunca era preenchido.

Um questionamento constante,
Do porque da insatisfação sem motivos...

Quando a certeza de que nada jamais mudaria,
O destino, trouxe com o vento, uma rajada de mudanças.

A vida havia reservado uma surpresa, 
E eis, que ela chegou, embrulhada em forma humana.


Era o fim da busca e, a percepção do porque, de tantos vazios e desencontros.
Era um reencontro, de duas almas, que se conheciam há muito tempo.

Mas a vida é sábia...
Precisava de tempo para moldá-los.

Uma transformação necessária,
Para que, ao se reencontrarem, se reconhecessem.

Almas, que há muito se buscavam, inconscientemente,
Se encontraram bruscamente, e se reconheceram, quase que imediatamente.

Mesmo sem compreenderem o que estava a acontecer,
Se compreendiam e se completavam inteiramente.

Metades separadas pelo destino...
Unidas agora pela vida.

Juntos são inteiros e, mesmo que distantes,
São mais próximos e cúmplices, que muitos que vivem juntos.

Enfim, aguardam o momento tão sonhado,
O do encontro, da Completude das Almas.

Tentar compreender?
Não há necessidade, não faz sentido algum...
Quando o único sentido, para Metades, é Viverem Inteiros.



Lucienne Miguel





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