terça-feira, 8 de janeiro de 2013

* NADA...





Que um dia esta louca vontade de sumir, se vá.
Que viver não doa...
Que não pese tanto...
Que eu possa conviver pacificamente, com o que carrego em mim.



Não posso querer que entendam,
Muitas vezes nem eu entendo.
Só desejo que respeitem quem sou
Pois sou, apesarem de acharem que nada sou.



Tem dias que não entendo nada
Tem dias só de porquês
Mas não há respostas,
Muito menos explicação. 



Sou um ser que poucos veem
Mas que muitos acreditam enxergar.
Mas na realidade pouco ou nada sou
Nem mais sei quem sou.



Tudo em mim é desencanto
Nada se faz encanto
Vivo um dia de cada vez
Mais que isso, não posso.



Neste meu canto
Que nem meu é,
Vivo a vida que tenho horror de viver.
Cega a qualquer possibilidade.



Na verdade, ninguém sabe quem sou,
Me definem...
Me rotulam...
Mas nunca tentaram saber realmente quem mora em mim.



Há muito aprendi que minhas dores são minhas.
Que minhas feridas curo eu.
Que minhas pedras eu arrasto.
Minha vida, esta eu levo...



Lucienne Miguel

  

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